As escolas de hoje são cada
vez mais multiculturais e multilíngues, com alunos de diversas origens sociais
e econômicas. Educadores e agências comunitárias servem os alunos com
diferentes motivações para se envolver na aprendizagem, comportando-se
positivamente e realizando com sucesso as tarefas acadêmicas. A educação emocional
positiva juntamente com a psicologia positiva, fornece uma base para a
aprendizagem segura e positiva, e aumenta a capacidade dos alunos para ter
sucesso na escola, carreiras e vida.
Importância da Psicologia Positiva Para a Educação
A psicologia positiva é
um conjunto de técnicas que trabalham com eventos positivos que vão influenciar
diretamente na vida da pessoa. Neste processo podem-se incluir emoções como
alegria, felicidade, gratidão e amor. Pesquisas mostram que aprender utilizando
formas e técnicas da educação emocional positiva em conjunto com a psicologia,
não só melhora o desempenho, mas também aumenta os comportamentos pró-sociais
(como bondade, compartilhamento e empatia), melhora as atitudes dos estudantes
em relação à escola e reduz a depressão e o estresse entre os estudantes. Um
dos grandes mentores desta área é o Martin Seligman.
Sobre Martin Seligman
Um renomado psicólogo e
ex-presidente da associação Americana de Psicologia, reconhecido como o criador
da psicologia positiva. Seligman resignificou e contribuiu bastante na questão
do desenvolvimento pessoal e do autoconhecimento. Sua ideia é de que seja
modificado o foco do tratamento. Ou seja, o profissional deve se atentar não ao
problema do paciente e, sim, nas coisas e sentimentos que trazem bem-estar a
ele. Com artigo publicado na Havard Business Review, em 2014, Martin explica
exatamente como deve ser aplicada esta técnica.
Benefícios e Objetivos da Educação
Emocional Positiva
Na educação emocional
positiva, uma programação eficaz de aprendizagem social e emocional envolve
práticas coordenadas em sala de aula, em toda a escola, família e comunidade
que ajudam os alunos a desenvolver cinco pilares que são a autoconsciência,
autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de
decisão responsável. Além de demonstrar o que é empatia, desenvolver a
habilidade de reconhecimentos das emoções, melhorar o nível de aprendizagem,
fortalecimento de relações sociais positivas, dentre outros.
A autoconsciência envolve a
compreensão das próprias emoções, objetivos pessoais e valores. Isso inclui
avaliar com precisão os pontos fortes e as limitações, ter mentalidades
positivas e possuir um senso bem fundamentado de auto-eficácia e otimismo.
Altos níveis de autoconsciência requerem a habilidade de reconhecer como os
pensamentos, sentimentos e ações estão interconectados. Veja mais detalhes na Semana da
educação Emocional.
Já a autogestão requer habilidades e atitudes
que facilitem a capacidade de regular as próprias emoções e comportamentos.
Isso inclui a capacidade de retardar a gratificação, gerenciar o estresse,
controlar impulsos e perseverar através de desafios, a fim de alcançar
objetivos pessoais e educacionais.
Definição de Consciência Social,
Habilidades de Relacionamento e Tomada de Decisão Responsável
A consciência social envolve a
capacidade de compreender, empatizar e sentir compaixão por pessoas com
diferentes origens ou culturas. Também envolve a compreensão das normas sociais
de comportamento e o reconhecimento dos recursos e apoios da família, da escola
e da comunidade. As habilidades de relacionamento ajudam os alunos a
estabelecer e manter relacionamentos saudáveis e gratificantes, e a agir de
acordo com as normas sociais. Essas habilidades envolvem comunicar claramente,
ouvir ativamente, cooperar, resistir a pressões sociais inadequadas, negociar
conflitos de forma construtiva e buscar ajuda quando necessário.
Por fim, o Programa
Educação Emocional Positiva da autora Miriam Rodrigues também compreende a tomada
de decisão responsável envolve aprender como fazer escolhas construtivas sobre
comportamento pessoal e interações sociais em diversos contextos. Requer a
capacidade de considerar padrões éticos, preocupações de segurança, normas
comportamentais precisas para comportamentos de risco, a saúde e o bem-estar de
si mesmo e dos outros, e de fazer uma avaliação realista das consequências de
várias ações.
Tamiris Ferreira
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